quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cansado, morrendo de sono e com um pesadelo de palavras

I
[uma pequena gripe de Fernando Pessoa]

Sentado no escritório, olhando pela janela. A tarde adere na fachada dos prédios e aguarda, sem pressa, a hora de se esconder.


As coisas não têm pressa. Mas, o que são as coisas se eu não as estiver olhando da janela. Então... eu sou isso... o apreço das coisas.

Então, eu sou isso... o impresso das coisas, suas roupas de palavras. Seus arroubos de existência... aquilo que as tira do nada.

II
"Minha home é minha rua"...caminhando sobre as invisíveis ruínas do futuro...enlinkecido em jardins de open sou(l)rces. Um lírico no auge do transmidianismo...flanelinha de widgets e url's...aprendiz de mashupeiro...

III
mais vale um ouvido ou vinte...ou nenhum (o crime da rede)...de que vale o que grita ao olvido... o grito ávido...o grito grávido de ecos...

IV
transeuntes transmidiáticos... hiper-passos...botas de bits...exorbitantes nadas de tempo... nódoas de luz e sons de versos...ciberestontias

Nenhum comentário: