I
[uma pequena gripe de Fernando Pessoa]
Sentado no escritório, olhando pela janela. A tarde adere na fachada dos prédios e aguarda, sem pressa, a hora de se esconder.
As coisas não têm pressa. Mas, o que são as coisas se eu não as estiver olhando da janela. Então... eu sou isso... o apreço das coisas.
Então, eu sou isso... o impresso das coisas, suas roupas de palavras. Seus arroubos de existência... aquilo que as tira do nada.
II
"Minha home é minha rua"...caminhando sobre as invisíveis ruínas do futuro...enlinkecido em jardins de open sou(l)rces. Um lírico no auge do transmidianismo...flanelinha de widgets e url's...aprendiz de mashupeiro...
III
mais vale um ouvido ou vinte...ou nenhum (o crime da rede)...de que vale o que grita ao olvido... o grito ávido...o grito grávido de ecos...
IV
transeuntes transmidiáticos... hiper-passos...botas de bits...exorbitantes nadas de tempo... nódoas de luz e sons de versos...ciberestontias
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