A música apresenta a "negociação" discursiva dos compositores com a censura (a música é de 1969): Com "flores e alegria veio a abolição"/ soldados e tambores, alunos e professores" no final há uma breve alusão ao hino da Independência: Já raiou a liberdade...
Em tempo de abolições inacabadas.
Heróis da Liberdade
(Silas De Oliveira, Mano Décio E Manoel Ferreira)
Samba, ó samba
Tem a sua primazia
Em gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade
Passava noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia o fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria, com sabedoria
Deu sua decisão
Com flores e alegria
Veio a abolição
A independência Laureando
O seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Essa brisa que a juventude afaga
Essa chama
Que o ódio não apaga pelo universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, ó samba
Tem a sua primazia
Em gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade
Ô, ô, ô, ô
Liberdade senhor!
3 comentários:
Bakhtin!?
E eu julgava um professor tão longe do marxismo.
Liráucio aproxima-se do narkomprós?
é uma pena [sobre]vivermos à base de abolições inacabadas.
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